Sinto falta de pequenos
detalhes, de olhares, sorrisos, gestos e silêncios. Sinto falta dos momentos em
que estivemos juntos e dos dias em que apenas trocamos mensagens.
Sinto saudade do que não
vivi, dos sonhos roubados, dos beijos não dados, das palavras não ditas e dos
lugares que nunca fui.
E me faz falta o tom de
voz, a respiração ofegante, o convite indiscreto, as gargalhadas, os abraços,
os conselhos mal dados e a falta de juízo.
Eu queria de novo poder ler
todos aqueles livros, ver todos os filmes no cinema e ouvir todas as músicas
dos festivais, só pra matar a saudade que sinto dos meus personagens favoritos.
Saudade que aumenta
conforme a distância, que ao saber que não se pode ver, tocar ou ouvir, faz com
que queiramos apressar o relógio para que o dia do reencontro chegue depressa.
Mas e se não houver
reencontro?
Existem aqueles que escolheram
não fazer parte do futuro... Ainda assim, há a saudade.
Saudade mesmo que seja
triste é sentimento bom, nos faz entender o quão especial cada pessoa é, faz de
cada pessoa uma peça única no nosso quebra-cabeça.
Saudade que às vezes dói, às
vezes cura, faz sorrir e faz chorar, lembra, relembra e não deixa esquecer que
ela aperta o coração, mas acaricia a alma.